(sic) Se não tem, tá pra chegá!

Na distante e [quase] pacata Santa Bárbara d´Oeste existe um daqueles tradicionalíssimos armazéns (acho que posso chamar assim). Pra você entender melhor e fazer uma imagem: sabe quando você procura algo como um coador da pano, um garrafão de vidro pra por pinga, um fogão de lenha, pedra para isqueiro, um podão, ração ou qualquer poção de erva pra lombriga? Então, quando você não encontrar em lugar nenhum é porque você não passou lá na loja da minha tia! A cinqüentenária Casa Cheiro da Terra, onde meu pai trabalha. Detalhe: antes que me custe um presta atenção, cinqüentenária é só a casa, minha jovial tia à comprou da família que não tinha herdeiros para tocá-la!
Lá o atendimento do “Vande” é impecável. Dado a boa proza e atenção aos passantes, olhantes, entrantes e comprantes. Atendimento. O que será há dentro desta função, o que o faz bom nisso?
SERVIR. Este é o verbo, não atender. Olha a sabedoria dos antepassados: “Servirmos bem para servir sempre”. Uma frase que você teria calafrios se visse pintada na parede da sua loja preferida, por achá-la arcaica.
Nossa maior dificuldade é que não estamos acostumados (ou não somos capazes mesmo) de servir. Um primeiro caminho foi quando te ensinaram a fazer pelos outros o que gostaria que fizessem por você. Tudo bem, já é um começo. Mas analise: primeiro é egoísta (você faz pensando em você) e segundo será frustrante (porque você está esperando a volta).
Mas como se faz isso? Com ATITUDES simples.
Quando num sábado estava parado na porta da loja com meu pai, pára um senhor e questiona se ali eles tinham trim (aquele aparelho de cortar unhas). Meu pai, ainda sabendo que tinham, já foi indo com largo sorriso na direção do balcão, conduzindo o comprante e dizendo “Se não tem, tá pra chegá!!”.
Uma belíssima lição de servir e, de que quebra, uma lição de vendas!