Como típico ser humano deste planeta pensava enquanto caminhava. Aqui um parênteses: passamos, ou melhor, a maioria das pessoas passa, 90% do tempo pensando a MESMA coisa. Fecha parênteses. E, exausto, meu pensamento redundante era “como uma carona seria bom”, mais que apenas um pensando era um desejo: “uma carona”.
Há um terço do caminho, eis que a carona aparece!
Um veículo há uns dez metros à minha frente baixa o vidro e, com um sorriso largo, pergunta: “Tá subindo? Quer carona?” Como um bom aquariano figura fácil mas de memória frágil, não conheci o cara. Mas o que importa?! Ele me conheceu!
Me aproximei e ele já estava abrindo a porta. Que gentil! Meu esforço para lembrar seu nome, ou melhor, de onde eu o conhecia era enorme e.... nada! Quando eu vou me assentar ele repete a pergunta mas com alguns acréscimos: “Ah! Você está subindo também?" - aí eu comecei a ficar perdido- "Então senta no banco de trás.”. É. Pois é. A carona não era para mim. Era pro cara que estava vindo atrás de mim. Mas como eu já estava dentro do carro, mantive a pose de amigão do cara e... sentei. Eu estava lá, desejando sumir! Nunca aquele percurso foi tão longo! Tá rindo de que?! Normal ué! Acontece! =(
Hoje, mais crescido e esclarecido (e menos entrão), tenho a certeza que a carona era pra mim sim! Eu pensei. Eu desejei. O cara é que veio de “carona” no meu desejo. Ou melhor, nossos desejos se somaram, se potencializaram!
As coisas que pensamos e desejamos tendem a acontecer, mas se realizam na medida que damos condições para que elas aconteçam. No meu caso específico tive meu desejo realizado através da minha própria inocência misturada com a minha “cara-de-pau aquariana” (idiotice, em português claro).
Então fica a lição: cuida daquilo que constitui o teu ser e vigia teus pensamentos, porque eles acontecem!
Ah! E se alguém lhe oferecer carona, dá uma olhadinha pra trás antes!